Há ensinamentos que atravessam o tempo e nos convidam a refletir sobre nossas escolhas diárias. Entre eles, estão as lições de Chico Xavier, cuja vida foi um exemplo de simplicidade, amor e coerência espiritual.
Chico nunca impôs regras ou condenou alguém. Sua forma de ensinar era o exemplo silencioso — e, por meio dele, compreendemos que há ambientes que nos elevam e outros que nos afastam da paz interior.
Mais do que lugares físicos, ele falava de ambientes vibracionais, de espaços que criamos e alimentamos com nossos pensamentos e atitudes.

Ambientes de desequilíbrio e vício
Chico alertava sobre locais onde o desrespeito à vida e aos valores espirituais se torna rotina: casas de jogo, bares ou ambientes de prostituição. Não se tratava de censura moral, mas de um chamado à preservação da energia espiritual.
Para ele, o perigo não estava apenas no lugar em si, mas no que ele desperta em nós — impulsos, distrações e vibrações que podem nos distanciar da serenidade e do equilíbrio.
Lugares de discórdia e violência
Onde há ódio e agressividade, o ambiente se torna pesado. Chico recomendava que, diante de conflitos, buscássemos o silêncio e a oração, em vez da reação.
Evitar esses lugares é também evitar a contaminação emocional, tão comum em tempos de intolerância e impaciência.
Espaços de julgamento
Ambientes onde se cultiva a crítica destrutiva e o prazer em apontar falhas se tornam sombrios. Evitá-los é um ato de respeito não só ao outro, mas à própria alma.
Conteúdos que desequilibram
Em tempos modernos, a recomendação de Chico se estende às mídias e redes sociais. Ele certamente nos lembraria de que o que consumimos alimenta nossa mente e, consequentemente, nosso espírito.
Programas, filmes e conteúdos que cultivam o ódio ou a violência podem parecer inofensivos, mas envenenam lentamente a nossa alma.
Locais onde a fé é ridicularizada
Chico, sempre respeitoso com todas as crenças, orientava a não permanecer onde a fé é zombada ou ridicularizada
Ele acreditava que cada um deve permanecer onde possa servir, aprender e irradiar o bem.
E onde Chico recomendaria estar?
Chico falava mais de presenças luminosas do que de ausências. Incentivava a frequentar lugares onde o amor se manifesta — lares harmoniosos, centros espíritas, igrejas, abrigos e até mesmo a natureza.
Para ele, o melhor lugar para estar é onde se possa fazer o bem, ainda que em silêncio.
A verdadeira geografia espiritual
Ao final, Chico nos ensina que os lugares a evitar não são apenas externos, mas os estados íntimos que escolhemos alimentar. Raiva, inveja, orgulho e ressentimento também são ambientes — e, às vezes, os mais perigosos.
Cuidar dos espaços que frequentamos é cuidar do que habita dentro de nós. E onde o amor estiver, será sempre o melhor lugar para permanecer.