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irO mundo que habitamos hoje é o resultado de milênios de construções humanas. Não podemos negar que muitas das escolhas, dos equívocos, das guerras e destruições que marcaram nossa história foram, em grande parte, fruto das decisões e dos comportamentos dos homens. Diante disso, surge uma reflexão inevitável: como seria o mundo se tivéssemos lidado de forma diferente com a importância e a relevância dos papéis de homens e mulheres na sociedade? E se tivéssemos compreendido, como nos ensina O livro dos Espíritos, que cada um desses papéis tem sua importância, mas que é no exercício do feminino que desenvolvemos mais profundamente o campo dos sentimentos, o amor, a intuição e a amorosidade nos relacionamentos? E se tivéssemos seguido o exemplo de Jesus, que há mais de dois mil anos já nos mostrava a importância da mulher, elevando-a a um patamar de respeito e dignidade, como fez com Maria Madalena, com as irmãs de Lázaro e com tantas outras que o acompanharam em sua missão de amor e fraternidade?
André Luiz e Emmanuel, em suas revelações, nos trazem a ideia de que é nas experiências terrenas no papel feminino que temos a oportunidade de aprimorar esses atributos. O feminino, portanto, não é apenas complementar ao masculino, mas essencial para o equilíbrio e o avanço moral da humanidade. No entanto, ainda hoje vivemos em um mundo em que a desigualdade, o desrespeito e a diminuição do papel da mulher são realidade. Isso nos leva a crer que, se o feminino e o amor tivessem sido valorizados ao longo da história, provavelmente teríamos um mundo menos desigual e mais fraterno.
A mensagem de Emmanuel (2019), em Pão nosso, reforça essa ideia ao destacar que o Evangelho inaugurou uma nova era para as esperanças femininas. Jesus, ao contrário das tradições judaicas de sua época, que reduziam a mulher a uma condição de mercadoria, elevou-a a um patamar de respeito e dignidade. Ele consagrou a figura da Mãe Santíssima, transformou a vida de Madalena e valorizou as mulheres que o acompanharam até os momentos finais de sua jornada terrena. Paulo de Tarso, apesar de sua linguagem por vezes austera, consolidou esse movimento regenerativo, defendendo a mulher como mãe, irmã, esposa ou filha, associada aos destinos do homem e igual a ele perante Deus.
Essa visão é corroborada por O livro dos Espíritos, que afirma a igualdade de direitos entre homens e mulheres perante Deus. A inferioridade moral da mulher em certas regiões, como explica a obra, é fruto de um domínio injusto e cruel exercido pelo homem, uma consequência de instituições sociais que privilegiam a força sobre a debilidade. No entanto, a Doutrina Espírita é libertadora ao reafirmar que o Espírito não tem sexo e que as experiências nas diversas encarnações, tanto no papel feminino quanto no masculino, são fundamentais para o crescimento e o amadurecimento espiritual.
Juselma Coelho (2023) destaca que a energia feminina tem impregnado espaços antes dominados pela racionalidade masculina, trazendo novos papéis para ambos os gêneros e promovendo um debate necessário sobre o preconceito contra as mulheres. Essa revolução, segundo ela, é um movimento natural da regeneração da Terra, em que o amor aprimora as esferas sociais, provendo mais equilíbrio, cuidado e sensibilidade.
Emmanuel (2020) nos lembra que o lar é a célula ativa do organismo social e que a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a vida. Se a criança é o futuro, é no coração das mães que repousa a sementeira de todos os bens e males do porvir. O homem é o pensamento, a mulher é o ideal; o homem realiza, a mulher inspira. Compreender a missão gloriosa da alma feminina no soerguimento da Terra é um apostolado fundamental do Cristianismo renascente. A mulher é o anjo da esperança, da ternura e do amor, que desce para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra.
Diante dessas reflexões, é impossível não se perguntar como seria o mundo se mais mulheres liderassem países, empresas e instituições. Hoje, menos de 10% dos países são liderados por mulheres, e a trajetória para que elas alcancem cargos de relevância é marcada por dificuldades e injustiças. No entanto, a espiritualidade nos ensina que o caminho para uma sociedade mais justa, harmônica e fraterna passa necessariamente pela valorização do feminino. A combinação do amor, da competência, da inteligência e da visão de mundo das mulheres é essencial para construirmos um futuro melhor.
A mensagem de Emmanuel (2020) nos convida a glorificar o ministério santificante da maternidade na Terra, lembrando que foi por meio de um coração de mulher, Maria Santíssima, que o Todo-Misericordioso enviou ao mundo seu mais sublime legado: Jesus Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da humanidade.
Portanto, ao celebrarmos o Dia Internacional das Mulheres, façamos uma reflexão profunda sobre o quanto temos valorizado o feminino, a amorosidade e a fraternidade em nossas vidas. Avancemos no caminho da igualdade, dando às mulheres o espaço que sempre mereceram ocupar. Que a nova era do mundo seja marcada pela presença de mais mulheres em todos os âmbitos, da maneira que quiserem e pensarem.
Assim, temos certeza de que é por meio da combinação do amor, da competência e da visão de mundo delas que seremos capazes de construir uma sociedade mais justa, harmônica e fraterna. Viva as mulheres! Viva um mundo melhor, com mais mulheres em todos os lugares, de todas as formas.
BÍBLIA SAGRADA. O Novo Testamento. Tradução de Haroldo Dutra Dias. Brasília, DF: FEB, 2013.
COELHO, Juselma. A mulher e a Lei de Igualdade. Heal, 2023. Disponível em: https://www.heal.org.br/noticias/na-midia/a-mulher-e-a-lei-de-igualdade. Acesso em: 2 mar. 2025.
EMMANUEL (Espírito). Em louvor das mães. In: ESPÍRITOS DIVERSOS. Cartas do Coração. São Paulo: Lake, 2020.
EMMANUEL (Espírito). O Evangelho e a mulher. In: EMMANUEL (Espírito). Pão nosso. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília, DF: FEB, 1950. (Coleção Fonte Viva, 2)
KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 93. ed. Brasília, DF: FEB, 2019. Disponível em: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-Livro-dos-Esp%C3%ADritos-Guillon-1.pdf. Acesso em: 2 mar. 2025.