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irAcredito que o grande desafio para fazer valer a pena a nossa experiência neste planeta é entender quais são, de fato, as razões de nossa existência. Apesar de aprendermos com o Espiritismo que as nossas existências passadas repercutem diretamente na nossa vida presente, quer positiva ou negativamente, acredito que para muitos ainda é muito difícil compreender a lei de causa e efeito e aproveitar as oportunidades trazidas no bojo das dificuldades que enfrentamos. Afinal, ninguém quer passar pela dor!
A única certeza que temos é que a vida está longe de ser um berço de facilidades, sombra e água fresca, como muitas vezes sonhamos. Já repararam como, desde criança, lidamos com a dificuldade? Os adultos não nos compreendiam, não percebiam e não conseguiam nos ajudar.
Quantos de nós eram tímidos, sofriam bullying na escola, tinham medo. Quantas vezes acalentamos dúvidas que só foram sanadas com o tempo, depois que já éramos adultos? Não sabíamos expressar o que realmente nos afligia. O fato é que, em todas as fases das nossas vidas, lá está ela, a dor para ser vivida e enfrentada.
Agora reflitamos: o que exatamente não entendemos da mensagem do Mestre, se em toda sua trajetória colecionou um rol de dificuldades de toda a ordem? O desconforto do berço e do aposento que o acolheu no nascimento, compartilhado com boi, vacas, ovelhas, galo etc., não o impediu de vir ao mundo anunciando a Boa Nova. Na meninice, já trazia pensamentos e sentimentos profundos de amor ao Pai e à humanidade com o peso de toda a responsabilidade que isso significava. Compenetrado de sua missão, foi impedido de viver a leveza da infância. E no final, como bem sabemos, sofreu a infâmia da cruz. Mesmo assim, com o corpo dilacerado, encontrou forças para rogar o perdão para seus verdugos e a turba ignorante.
Por que será que, mesmo sabendo disso, não conseguimos ampliar a nossa percepção sobre a dor e aproveitá-la como oportunidade de crescimento espiritual? Não se trata de idolatrar a dor, muito menos de masoquismo, como alguns equivocamente podem pensar. Estamos falando de não nos cansarmos diante das provações. Se puxarmos pela memória, já passamos por provas que pareciam intransponíveis e superamos todas; pensávamos que não suportaríamos e no final tudo passou. Algumas dessas provas, inclusive, já não nos lembramos como se tivesse sido uma dor de fato.
Gosto muito de uma lição do livro Fonte viva (cap. 124), de Emmanuel, que nos faz refletir sobre a importância de nos mantermos ativos e firmes perante a dor, que sempre tem um objetivo nobre:
“Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara. A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o voo feliz. O ferro rubro, colocado na bigorna, espantou-se e sofreu, inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera. A semente lançada à cova escura chorou, atormentada, e indagou por que motivo era confiada, assim, ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio. Não te canses de fazer o bem. Quem hoje te não compreende a boa-vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço. Jamais te desesperes, e auxilia sempre. A perseverança é a base da vitória. Não olvides que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança, sem nunca desfaleceres.”
EMMANUEL (Espírito). Fonte viva. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília, DF: FEB, 2007. (Coleção Fonte Viva, 4).