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A tragédia do morador de rua

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e que estais sobrecarregados, e eu vos aliviareis” (Mateus 11:28-30).

Um Espírito bastante sofrido compareceu à sessão mediúnica destinada a socorrer criaturas desencarnadas em processos de profundos sofrimentos. Acolhido com fraternidade, respeito e educação – normas da instituição que abrigava semanalmente aquele trabalho de amor –, se encorajou a pedir ajuda ao irmão que dialogava com ele:

– Estou precisando de socorro, não aguento mais andar, veja como estão meus pés, minhas pernas… não consigo mais pisar no chão… tudo dói muito, estou cansado, há muitos anos estou nessa vida. Pelo amor de Deus, me socorre…

– Sim, meu irmão, para isso estamos aqui, em nome de Deus… Seja bem-vindo…

– Andei muito pelo mundo. De cidade em cidade, dormindo embaixo de marquises, toldos, casas abandonas, em cima de papelão, passando fome e, às vezes, até agredido por pessoas que me expulsavam de onde eu me abrigava.

– Estamos compreendendo suas aflições, meu irmão, e nesta casa que o abriga agora você não será maltratado, muito pelo contrário, como dissemos, você é bem-vindo. Mas, meu irmão, diante do relato que faz, queremos saber por que viveu dessa forma? Por qual motivo chegou à condição em que está, em que vislumbramos imenso sofrimento ao mesmo tempo em que percebemos certo equilíbrio em seu raciocínio?

– Sabe, meu amigo, eu era um jovem trabalhador e vivia com certa tranquilidade. Encontrei uma jovem na minha comunidade e nos apaixonamos. Formamos um casal, como tantos outros, repletos de sonhos e planos. Nos casamos e tudo ia muito bem, pois minha companheira engravidou e descobrimos que teríamos duas meninas. A gravidez seguia seu curso, e nós dois e a família contávamos os dias que nos separava da chegada das gêmeas, quando a minha esposa sofreu um mal súbito, que não deu tempo de socorrê-la, tendo morte imediata. Com ela morreram também as duas crianças que viriam enfeitar o nosso lar. Diante dessa tragédia, meu irmão, eu sucumbi. Vendi tudo que tinha, saí pelo mundo, mesmo diante da insistência de familiares que me aconselhavam a não fazer isso. Mas não suportei tal revés e fui embora, saí sem direção, consumindo os recursos financeiros que tinha arrecadado até que acabaram. Daí para frente, me tornei uma pessoa em situação de rua sem nunca ter coragem, vontade e forças para a superação do que acabo de narrar. Agora, não aguento mais, peço socorro…

– Meu irmão – disse o dialogador –, nos sensibilizamos muito com a sua dolorosa história, mas procure observar que você está deitado em um leito hospitalar, pois se encontra num pronto-socorro espiritual. Veja que seus pés, suas pernas e suas mãos não estão mais feridas e não tem mais dores pelo carpo.

– Mas… o que aconteceu, onde estou, tudo mudou repentinamente, não estou entendendo nada… me explique, por favor.

– Quem vai explicar tudo, meu irmão, é esse casal que se aproxima de você…

– Mãe, pai, não é possível, eu os deixei há muitos anos, como estão aqui?

Nesse instante, os pais abraçaram aquele filho que se perdeu pelos caminhos tortuosos da vida, depois de ver partir sua esposa e suas futuras filhinhas. Contaram a ele que já havia terminado seus dias na Terra e que estava agora no mundo espiritual. A partir daquele instante, passaram a cuidar do filho amado, objetivando ajudá-lo no soerguimento.

Quando encontramos criaturas deambulando pelas ruas, maltrapilhas, indiferentes, sofridas, quase sempre fazemos a ideia de que são pessoas desocupadas, vadias e perigosas. Umas até são muito problemáticas, mas atrás de algumas delas talvez se encontrem certas situações trágicas que não puderam ou conseguiram superar e, no desequilíbrio, fizeram a opção por uma vida de indiferença e abandono de si mesmas.

Reflitamos.

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