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O bem como caminho para a verdadeira felicidade

A busca do homem pela compreensão da felicidade remonta a tempos muito antigos e continua sendo um desejo presente até os dias de hoje. Sócrates (469 a.C.-399 a.C.), um dos grandes pensadores da antiguidade, trouxe-nos a ideia de que a felicidade não se resumia à satisfação dos desejos humanos. Ele já concebia que não somos formados apenas pelo corpo, mas que devemos considerar também a alma. Para Sócrates, a felicidade era o bem da alma, que só poderia ser compreendida por meio de uma conduta justa e virtuosa.

Seu discípulo Platão (428 a.C.-348 a.C.) aprofundou esse pensamento, oferecendo uma definição que nos leva a refletir ainda mais sobre o tema. Ele considerava que tudo tinha uma função, um propósito e que deveria ser entendido dessa forma. Segundo Platão, a virtude da alma era ser virtuosa e justa, assim, ao exercer essa virtude e justiça, a alma alcançaria a felicidade. Para ele, o caminho da felicidade passa pelo abandono das ilusões do mundo material e pela ascensão ao mundo das ideias, onde tudo encontra sua origem e causa. Platão provavelmente nos colocava diante da necessidade verdadeira de buscar o bem em nossas vidas.

Hoje, mais de 2.400 anos após a passagem de Sócrates e Platão, parece que estamos começando a compreender melhor o conceito e o caminho para a felicidade. Já foi exaustivamente provado que não são o dinheiro ou os bens materiais que proporcionam a felicidade. Então, o que deve ser considerado importante nessa busca tão desejada?

No livro O Evangelho segundo o Espiritismo, aprendemos que a felicidade que buscamos no mundo ainda é muito efêmera. No capítulo “Bem-aventurados os aflitos”, encontramos o texto “A felicidade não é deste mundo”, que nos convida a refletir: será que é possível sermos um pouco mais felizes neste mundo? Como fazer isso? Estamos sendo mais felizes à medida que os anos passam?

O Relatório mundial da felicidade 2025 (World Happiness Report 2025) traz à tona a importância do cuidado e do compartilhamento nas relações humanas, destacando avanços significativos em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. O documento, editado por renomados especialistas, utiliza dados do Gallup World Poll para explorar como comportamentos benevolentes impactam o bem-estar das pessoas. Vale destacar que o Brasil subiu da 41ª para a 34ª posição em relação ao ano anterior, refletindo avanços em fatores que impactam a felicidade e o bem-estar da população.

Um dos principais temas abordados no relatório é o conceito de cuidado, descrito como “duplamente abençoado”, pois beneficia tanto quem dá quanto quem recebe. Estudos revelam que as pessoas tendem a subestimar a bondade dos outros, o que pode afetar negativamente seu próprio bem-estar e dificultar a formação de conexões sociais significativas. Outro aspecto relevante é o compartilhamento de refeições, que se mostra um forte indicador de bem-estar subjetivo. Aqueles que frequentemente compartilham refeições com outras pessoas tendem a relatar níveis mais altos de satisfação com a vida, enquanto a solidão durante as refeições está associada à diminuição da felicidade, especialmente entre os jovens, que frequentemente relatam não ter ninguém em quem confiar.

O relatório também analisa como o tamanho da casa e a configuração familiar impactam a felicidade. Famílias de quatro a cinco membros tendem a reportar maior satisfação, enquanto pessoas que vivem sozinhas frequentemente enfrentam níveis mais baixos de felicidade. A solidão, em especial entre os jovens adultos, está em ascensão, refletindo uma crise social que precisa ser abordada. Conexões sociais são vitais para o bem-estar dos jovens adultos, funcionando como um amortecedor contra o estresse. Intervenções que melhoram a percepção de empatia nas comunidades podem aumentar as conexões sociais e, consequentemente, o bem-estar, especialmente em um momento em que a solidão se torna cada vez mais comum.

Por fim, o comportamento pró-social, que inclui doações e voluntariado, é apresentado como um fator que pode reduzir as mortes por desespero, como suicídios e overdoses. O relatório destaca que o aumento do comportamento pró-social está associado à diminuição dessas mortes em 75% dos países analisados, embora ainda permaneçam altas em lugares como os Estados Unidos e a República da Coreia. Em conclusão, o Relatório Mundial da Felicidade 2025 enfatiza a necessidade de fortalecer as conexões sociais e promover comportamentos benevolentes para melhorar o bem-estar. O Brasil, com seus laços familiares e comunitários, pode se beneficiar ao focar em políticas públicas que incentivem o cuidado e o compartilhamento, contribuindo para uma sociedade mais solidária e feliz.

No livro Evolução em dois mundos, André Luiz reforça: “Não será lícito, porém, esquecer que o bem constante gera o bem constante e, que, mantida a nossa movimentação infatigável no bem, todo o mal por nós amontoado se atenua, gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxílio, nascidas, a nosso favor, em todos aqueles aos quais dirijamos a mensagem de entendimento e amor puro, sem necessidade expressa de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar os resquícios de treva que, eventualmente, se nos incorporem, ainda, ao fundo mental. Amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo por que os princípios de Jesus, desterrando de nós animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando observados, a imunologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos o poder da mente na autodefensiva contra todos os elementos destruidores e degradantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus”.

Complementando esse ensinamento, Emmanuel nos traz, no livro Vinha de luz, capítulo 162, uma mensagem chamada “A luz inextinguível”, em que afirma: “O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte”. Essa frase nos oferece o exato sentido do funcionamento das Leis Divinas e nos convida a compreender, de forma profunda, que o desejo que perseguimos há tanto tempo – a felicidade – só será possível na medida em que nos harmonizarmos com essas leis. O bem que fazemos não apenas beneficia os outros, mas também retorna a nós como um amparo universal, fortalecendo nossa jornada espiritual e nossa busca pela felicidade.

Assim, vemos com muito otimismo o relatório e os ensinamentos espirituais, pois, pouco a pouco, o homem vai despertando para a certeza de que o bem comum, a prática da caridade e a aceitação do outro são alavancas poderosas para nossa felicidade. Sejamos mais felizes a cada dia, seguindo os passos de Jesus.

Referências

EMMANUEL (Espírito). Vinha de luz. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília, DF: FEB, 2021. (Coleção Fonte Viva, 3).

HELLIWELL, J. F.; LAYARD, R.; SACHS, J. D. et al. (ed.). World Happiness Report 2025. University of Oxford: Wellbeing Research Centre, 2025. Disponível em: https://happiness-report.s3.us-east-1.amazonaws.com/2025/WHR+25.pdf. Acesso em: 5 abr. 2025.

KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 131. ed. Brasília, DF: FEB, 2019. Disponível em: https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-O-Evangelho-segundo-o-Espiritismo-Guillon.pdf. Acesso em: 10 mar. 2025.

LUIZ, André (Espírito). Evolução em dois mundos. Psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Brasília, DF: FEB, 2019. (Coleção A Vida no Mundo Espiritual, 10).

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