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Leitura em queda no Brasil: o que as famílias podem fazer para virar o jogo

Os números são alarmantes: nos últimos quatro anos, 6,7 milhões de brasileiros deixaram de ler, segundo a pesquisa Retratos da Leitura (IPL, 2024). Mais da metade da população não abriu um livro nos últimos três meses. As causas? Falta de tempo, desinteresse crescente e a sedução das redes sociais, que oferecem entretenimento rápido e gratificação instantânea.

Por que estamos deixando de ler?

Carlota Boto (2025), professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), aponta o ritmo acelerado da vida moderna como um dos grandes vilões: “Somos uma sociedade multifacetada. Hoje, assistimos à televisão ao mesmo tempo que lemos um texto, ao mesmo tempo que estamos com o celular ligado ao lado, então, tudo isso vai, evidentemente, dispersar a concentração”.

As plataformas digitais, projetadas para liberar dopamina (o neurotransmissor do prazer imediato), acabam sufocando o hábito da leitura, que exige paciência e profundidade. Além disso, fatores como: falta de acesso a livros e bibliotecas; famílias que não cultivam o hábito da leitura e escolas que transformam a leitura em obrigação, e não em prazer, contribuem para o afastamento dos livros.

Há solução, e ela começa em casa

A boa notícia? Não precisamos esperar por mudanças estruturais. Podemos, dentro de nossas casas, criar um ambiente onde a leitura floresça. E os pais têm um papel decisivo nesse processo:

  • Seja o exemplo. Os filhos seguem mais o que veem do que o que ouvem. Deixe livros à vista, leia com eles, compartilhe histórias.
  • Transforme a leitura em um momento afetivo. Um ritual de descoberta, não uma obrigação – antes de dormir, aos fins de semana, durante uma viagem.
  • Conecte os livros aos interesses deles. Se gostam de games, apresente ficção científica; se amam esportes, mostre biografias de atletas.
  • Limite o tempo de tela sem demonizar a tecnologia. O equilíbrio é fundamental: em vez de proibir as redes sociais, estimule também o mergulho em boas narrativas.
O poder transformador de um livro

Ler não é apenas decifrar palavras: é ampliar o vocabulário, exercitar a empatia, viajar sem sair do lugar e desenvolver pensamento crítico. Como diz Carlota Boto (2025), “A leitura possibilita para as crianças a independência em relação à cultura letrada. […] Possibilita o contato com o mundo da imaginação e com as narrativas”, algo essencial em um mundo cada vez mais superficial.

Se o Brasil está lendo menos, sua família pode ser a exceção. Não permita que seus filhos cresçam sem conhecer o prazer de uma boa história. Comece hoje. Um capítulo por dia, uma estante acessível, uma conversa sobre o livro que você ama.

Para retomar ou criar o hábito da leitura, Carlota Boto (2025) recomenda: “Vá a uma livraria, reserve um dinheiro para fazer a compra de um bom livro e busque um que seja de interesse seu. […] Um livro é difícil de ler nas primeiras 20 páginas, depois ele se torna muito fácil de ser lido, quando interessa ao seu leitor”.

Conheça alguns projetos incríveis de incentivo à leitura para se inspirar

Algumas ONGs já avançaram e estão transformando realidades com livros, escuta e protagonismo comunitário. Conheça três iniciativas que provam que ler pode, sim, mudar o mundo.

  • Associação Vaga Lume: presente em comunidades rurais da Amazônia Legal, a Vaga Lume leva bibliotecas a regiões de difícil acesso, empoderando crianças por meio da leitura e da valorização da cultura local. Além da formação de mediadores, o projeto promove o intercâmbio de saberes e recebeu o Prêmio Jabuti em 2022. Saiba mais em: https://www.vagalume.org.br/
  • Cirandar: A ONG gaúcha atua há mais de 10 anos promovendo leitura, arte e educação integral em comunidades de Porto Alegre e do interior do RS. Destaque para a Biblioteca Chocolatão e o projeto Ocupa Literatura, que revela o poder transformador das mulheres da periferia por meio da mediação de leitura. Saiba mais em: https://cirandar.org.br/
  • Instituto Pró-Saber Sediado em Paraisópolis (SP): o Pró-Saber desenvolve uma metodologia afetiva de leitura e protagonismo infantil. Funciona como um ecossistema vivo, em que todas as ações se complementam. A ONG lançou ainda o Pró-Formação, uma plataforma gratuita para educadores de todo o país. Saiba mais em: https://www.prosaber.org.br/

Referências

BOTO, Carlota. Hábito de leitura no Brasil perde espaço para redes sociais e para o ritmo da vida moderna. Jornal da USP, 5 jun. 2025. Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/habito-de-leitura-no-brasil-perde-espaco-para-redes-sociais-e-para-o-ritmo-da-vida-moderna/#:~:text=Para%20quem%20deseja%20retomar%20o,que%20seja%20de%20interesse%20seu. Acesso em: 4 jul. 2025.

FREYRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1989. INSTITUTO PRÓ-LIVRO (IPL).Retratos da Leitura no Brasil. 6. ed. São Paulo, 2024.
Disponível em: https://www.prolivro.org.br/wp-content/uploads/2024/11/Apresentac%CC%A7a%CC%83o_Retratos_da_Leitura_2024_13-11_SITE.pdf. Acesso em: 4 jul. 2025.

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