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Especialistas defendem educação espiritual desde a infância

Estudo da UFJF revela relação entre religiosidade e felicidade em crianças; psicólogo e educador espírita analisam os resultados e explicam por que falar de espiritualidade desde cedo faz diferença

Uma pesquisa conduzida pelo Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Universidade Federal de Juiz de Fora, confirmou algo que muitos pais e educadores já intuíram: crianças religiosas tendem a ser mais felizes. O estudo, coordenado pela psicóloga Vivian Hagen, encontrou uma associação consistente entre espiritualidade e bem-estar, independentemente da religião professada. “Quem se considera religioso tem 80% mais chance de se considerar feliz do que quem não se considera religioso”, explica Vivian, que apresentou os resultados em parceria com a professora Mary Lynn Dell, coordenadora da Seção de Espiritualidade da Associação Psiquiátrica Americana.

Para compreender as implicações desse achado para a educação e a formação espiritual, a Folha Espírita ouviu o psicólogo e psicanalista Rossandro Klinjey e o educador espírita Walther Graciano Jr., que analisam como religião, felicidade e papel dos pais se entrelaçam na construção da infância.

Religião desde cedo: oferta ou imposição?

“A infância é um tempo de sementes”, afirma Rossandro Klinjey. Para ele, apresentar conceitos espirituais às crianças é uma forma de ajudá-las a navegar pelas perguntas inevitáveis da existência – Quem sou? Para que estou aqui? O que acontece quando sofro ou quando morro? “Ensinar religião desde cedo não significa impor dogmas, mas oferecer mapas simbólicos para que a criança caminhe pelas perguntas inevitáveis da existência”, acrescenta.

Walther Graciano Jr. lembra que, do ponto de vista espírita, o início da vida é um período privilegiado para a formação moral: “Ao reencarnar, o Espírito está mais sensível, aberto ao aprendizado e pronto para receber as primeiras impressões que o acompanharão por toda a jornada. Educar espiritualmente desde a infância é um ato profundo de amor”. Ele destaca ainda que a Evangelização infantil, proposta pela Doutrina Espírita, tem caráter de formação crítica e libertadora: “não apenas transmitir regras, mas ajudar a criança a compreender que a fé pode ser raciocinada e vivida com liberdade”.

Crença e felicidade: a chama que aquece a noite

Os resultados da pesquisa confirmam que religiosidade é um fator de proteção emocional. Para Klinjey, a fé é um recurso psicológico poderoso: “A fé atua como um amortecedor emocional frente às dores inevitáveis. É como uma chama que arde dentro da noite escura, oferecendo calor e direção”.

Graciano complementa: “Quando uma criança cresce entendendo que pode transformar o mundo com pequenos gestos de bondade, ela desenvolve autoestima, confiança e senso de responsabilidade – sentimentos que são a base da verdadeira felicidade”.

O papel dos pais: guia, e não grilhão

Os dois especialistas concordam que a participação dos pais é fundamental, mas a forma de conduzir a educação espiritual faz toda a diferença. “Os pais ajudam quando transmitem a fé como herança de sentido, não como sentença de medo”, alerta Klinjey. “Atrapalham quando usam a religião como forma de controle em vez de inspiração”.

Graciano reforça que oferecer formação espiritual é parte do dever da paternidade e da maternidade: “Os pais devem mostrar o caminho sem obrigar, educar sem impor e inspirar sem aprisionar. Quando compartilham a fé com naturalidade e amor, ajudam os filhos a se tornarem adultos mais conscientes e preparados para viver em harmonia com as leis divinas”.

O que mostrou a pesquisa:

  • amostra: 277 alunos de 10 e 11 anos, de escolas públicas e privadas;
  • religiões declaradas: 56,8% católicos, 25,8% evangélicos, 11,6% espíritas, 3,6% sem religião;
  • importância da fé: 88,7% disseram que religião/espiritualidade é importante para eles;
  • presença de Deus: 68% “concordaram fortemente” com a frase “Acredito em um Deus que cuida de mim”;
  • frequência religiosa: 77% participam de serviços religiosos regularmente;
  • impacto na felicidade: crianças religiosas têm 80% mais chance de se considerar felizes;
  • publicação: a dissertação Religiosidade, espiritualidade e felicidade na infância e adolescência foi defendida em 2019 no Programa de Pós-Graduação em Saúde Brasileira, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A pesquisa de Vivian Hagen – que, como a própria autora ressalta, não é única, havendo outros trabalhos semelhantes com populações mais amplas – ecoa um ponto central da pedagogia espírita: educar espiritualmente não é doutrinar, mas, sim, despertar.

Ao apresentar às crianças valores como compaixão, perdão e responsabilidade desde cedo, pais e educadores lhes oferecem ferramentas para enfrentar os desafios da vida com mais equilíbrio, esperança e alegria.

Referência

OLIVEIRA, Vivian Hagen Antônio. Religiosidade, espiritualidade e felicidade na infância e adolescência. 2019. Dissertação (Mestrado em Saúde) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2019.

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