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O poder do pensamento, a consciência coletiva e a construção da paz

Vivemos em uma sociedade marcada por constantes desafios morais, culturais e espirituais. Em meio a tantas mudanças, inquietações e buscas por respostas, é necessário voltar o olhar para as raízes profundas que sustentam o verdadeiro progresso humano: o cultivo do pensamento elevado e a promoção da consciência coletiva. Não se trata de uma proposta abstrata ou idealista, mas, sim, de uma realidade já comprovada pela ciência e pela experiência espiritual, capaz de transformar vidas e destinos.

A pesquisa conduzida por Dillbeck e Cavanaugh (2016) trouxe à tona evidências robustas sobre a influência do pensamento e da intenção coletiva na redução da violência e no aprimoramento social. No estudo, os autores analisaram dados de 206 cidades dos Estados Unidos, entre 2002 e 2010, e verificaram que a prática grupal da Meditação Transcendental e do programa avançado TM-Sidhi® foi capaz de promover uma queda significativa nas taxas de homicídio e crimes violentos.

Quando o número de praticantes atingiu o ponto crítico – cerca de √1% da população americana –, observou-se uma redução de 21% no índice nacional de homicídios e de 18,5% nos crimes violentos nas grandes cidades. Esses resultados não são apenas estatísticas frias, uma vez que revelam que existe uma força sutil, mas poderosa, que atua no campo invisível das relações humanas: a influência do pensamento coletivo.

O estudo aponta que o impacto positivo sobre a consciência coletiva é mensurável, replicável e independe de variáveis econômicas ou demográficas. O que está em jogo é a qualidade do pensamento que circula entre os indivíduos, capaz de criar ambientes mais harmônicos, menos propensos à violência e à hostilidade.

Emmanuel, no livro Pensamento e vida, aprofunda essa compreensão ao revelar que “A mente é o espelho da vida em toda parte. Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto, que, arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a orientação do lapidário, para a magnificência da luz. […]Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar”.

Emmanuel não apenas descreve o pensamento como força criadora, mas também alerta para a responsabilidade individual e coletiva: “Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca. Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão. […] Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, por meio delas, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso”.

Energia viva que influencia destinos

Ao correlacionarmos a pesquisa científica com os ensinamentos espirituais, percebemos que ambos convergem para uma mesma verdade: o pensamento é energia viva, capaz de influenciar não apenas o destino individual, mas também o coletivo. Quando nos unimos em torno de propósitos elevados, como a busca pela paz, o respeito mútuo e a promoção do bem, criamos ondas de harmonia que reverberam em toda a sociedade.

A pesquisa de Dillbeck e Cavanaugh (2016) destaca que a prática regular da meditação, especialmente em grupos, potencializa esse efeito. O experimento comprovou que, ao reunir um número suficiente de pessoas dedicadas à intenção pacífica e harmonizadora, é possível alterar padrões sociais profundamente enraizados, reduzindo significativamente índices de violência. Trata-se de uma intervenção que age no campo sutil da consciência, mas que produz resultados concretos e mensuráveis.

Emmanuel, por sua vez, nos convida à reflexão sobre o papel da vontade na condução do pensamento. No capítulo “Vontade”, ele compara a mente humana a um grande escritório, no qual diversos departamentos operam, mas é a vontade que governa todos os setores da ação mental: “A vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental. […] Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento. […] Só a vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do Espírito”.

Dessa forma, compreendemos que o pensamento, por si só, precisa ser direcionado pela vontade consciente, para que se converta em força construtiva e libertadora. O cultivo do pensamento elevado, aliado à intenção firme de promover o bem, transforma o indivíduo e, por consequência, a coletividade.

O estudo científico e o ensinamento espiritual se encontram também na valorização da cooperação. Emmanuel afirma: “A cooperação espontânea é o supremo ingrediente da ordem. Da Glória Divina às balizas subatômicas, o Universo pode ser definido como sendo uma cadeia de vidas que se entrosam na Grande Vida. Cooperação significa obediência construtiva aos impositivos da frente e socorro implícito às privações da retaguarda. Quem ajuda é ajudado, encontrando, em silêncio, a mais segura fórmula de ajuste aos processos da evolução”.

A pesquisa de Dillbeck e Cavanaugh reforça esse princípio: foi a união de pessoas em torno de um propósito comum – a prática coletiva da meditação pela paz – que gerou o impacto positivo observado. A cooperação, portanto, não é apenas um valor ético, mas uma força ativa na transformação social.

Outro ponto de convergência está na educação do pensamento. Emmanuel ensina: “Já se disse que duas asas conduzirão o Espírito humano à presença de Deus. Uma chama-se amor, a outra, sabedoria. Pelo amor, que, acima de tudo, é serviço aos semelhantes, a criatura se ilumina e aformoseia por dentro, emitindo, em favor dos outros, o reflexo de suas próprias virtudes; e, pela sabedoria, que começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhe comunicam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a para o Alto”.

O estudo científico confirma que o conhecimento e a prática consciente são fundamentais para a mudança de padrões coletivos. Não basta desejar a paz; é preciso cultivá-la diariamente, com ações concretas, pensamentos elevados e atitudes colaborativas.

A fé, segundo Emmanuel, é outro elemento indispensável: “Para encontrar o bem e assimilar-lhe a luz, não basta admitir-lhe a existência. É indispensável buscá-lo com perseverança e fervor”. A pesquisa mostra que a intenção coletiva, quando sustentada pela fé e pela confiança no poder do bem, produz resultados tangíveis. A fé não é apenas crença, mas energia ativa que move o pensamento e transforma realidades.

Por fim, Emmanuel nos lembra: “Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do Espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino”. Ao compreender que o pensamento é força eletromagnética, que se propaga e interage em todos os níveis do Universo, somos chamados à responsabilidade de orientar essa energia para fins elevados. O estudo de Dillbeck e Cavanaugh demonstra, com dados concretos, que é possível transformar a sociedade a partir da mudança do pensamento coletivo.

Estamos, portanto, diante de uma oportunidade ímpar. Em tempos de crise, polarização e incerteza, cabe a cada um de nós assumir o compromisso de cultivar pensamentos elevados, unir-se a propósitos construtivos e cooperar para a construção de uma sociedade mais justa, pacífica e fraterna. O futuro depende da qualidade do pensamento que projetamos e recebemos e da disposição para agir em sintonia com os princípios superiores que nos orientam a rota.

Que possamos, inspirados pela ciência e pela espiritualidade, fazer do pensamento e da consciência coletiva instrumentos de transformação, promovendo a paz, o respeito e o progresso verdadeiro. O nosso compromisso, hoje e sempre, deve ser com a vida, com o bem e com a construção de um mundo melhor para todos.

Referências

DILLBECK, Michael C.; CAVANAUGH, Kenneth L. Societal Violence and Collective Consciousness: Reduction of U.S. Homicide and Urban Violent Crime Rates. SAGE Open, v. 6, n. 2, 2016. Doi: https://doi.org/10.1177/2158244016637891.

EMMANUEL (Espírito). Pensamento e vida. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 19. ed. Brasília, DF: FEB, 2013.

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