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irA morte, especialmente quando extingue vidas jovens, é um dos maiores desafios para a compreensão humana. A partida prematura de Preta Gil, filha do renomado artista Gilberto Gil, traz à tona uma reflexão profunda sobre a transitoriedade da vida e a necessidade de elevar nossa consciência para além das aparências. A dor de perder um filho é, sem dúvida, uma das mais intensas que um ser humano pode experimentar, agravada quando a morte ocorre de forma prematura, invertendo a ordem natural que esperamos: os mais velhos partindo antes dos mais jovens. Gilberto Gil e Sandra Gadelha, mãe de Preta, enfrentam essa realidade, vivenciando a partida de seu segundo filho para a pátria espiritual, pois, em 1990, eles viveram a morte do filho Pedro Gil que, com apenas 19 anos, sofreu um acidente automobilístico que lhe interrompeu a vida.
Essa inversão nos coloca diante de questionamentos profundos sobre o sentido da vida e a justiça divina. Chico Xavier, em sua sabedoria, afirmou que os Espíritos ainda não tinham encontrado uma palavra capaz de descrever a dor de um pai ou de uma mãe que perdem um filho. No entanto, ele também nos lembra que a vida continua além do túmulo e que a despedida física não significa o fim, mas, sim, uma transição para uma nova etapa espiritual.
No capítulo 5 de O Evangelho segundo o Espiritismo, encontramos um trecho que ilumina nossa compreensão sobre a morte prematura. O texto nos convida a elevar nossa visão, a não medir a justiça divina pela nossa limitada compreensão humana. A morte prematura, embora pareça cruel aos nossos olhos, pode ser um benefício concedido por Deus, preservando o Espírito das misérias da vida ou das seduções que poderiam levá-lo à perdição. O Evangelho nos lembra que a morte não é uma fatalidade, e sim uma decisão divina baseada em uma finalidade inteligente.
Aquele que parte na flor da idade não é uma vítima do acaso, mas alguém cuja missão terrena já foi cumprida. Essa perspectiva nos convida a confiar na sabedoria divina, mesmo quando não compreendemos os motivos por trás das circunstâncias dolorosas. As cartas consoladoras, entregues aos familiares por meio das mãos de Chico Xavier, são um exemplo de como a dor pode ser transformada em esperança. Muitos Espíritos desencarnados, especialmente jovens, rogavam aos pais que dessem continuidade às suas vidas, encontrando um novo propósito e levando amor àqueles que mais necessitam. Essas cartas nos mostram que a vida continua e que os laços de amor não são rompidos pela morte física.
Gilberto Gil, em um ato de profundo amor e compreensão, tentou amenizar o sofrimento de Preta, dizendo-lhe: “Se esta dor, se esta luta estiver muito pesada para você, siga o curso da vida. Deixe que a vida vá e cumpra o seu caminho natural”. A morte é o caminho natural. O retorno à pátria espiritual é o caminho que todos nós atravessaremos, independentemente da idade, das nossas crenças e de quaisquer fatores que existam. Essas palavras refletem uma sabedoria que transcende a dor imediata, reconhecendo a morte como parte do ciclo natural da vida. Gilberto Gil, em sua dor, conseguiu enxergar além da perda, entendendo que a partida de Preta não era o fim, e sim uma transição para uma nova etapa.
Este Dia dos Pais, que certamente para Gilberto Gil será marcado por uma perda tão recente, nos convida a refletir sobre como estamos vivendo os momentos ao lado daqueles que amamos. Estamos presentes, verdadeiramente presentes, ou nos perdemos nas questões passageiras da existência material? A morte prematura nos lembra da transitoriedade da vida e da importância de valorizar cada momento com aqueles que amamos. Como vimos no trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo, os benfeitores espirituais nos lembram que a morte prematura pode ser uma libertação para o Espírito, que já cumpriu sua missão terrena.
A dor de Gilberto Gil nos ensina que, mesmo na despedida, o amor permanece eterno. A morte física não rompe os laços de amor, mas os transforma, elevando-os a um plano espiritual. Que este Dia dos Pais nos sirva como um despertar de consciência, como uma oportunidade única de repensarmos nossas vidas e nossos afetos. Que possamos nos colocar diante de buscas eternas, acima das transitoriedades terrenas. Ame, abrace, agradeça e compartilhe a vida ao lado daqueles que caminham com você nesta experiência material.